“Prelucidação” Escritos que descrevem, ocorrências,
Sentimentos familiares e amorosos.
Venturas e desventuras de uma vida.
Saudade, arrependimento.
Mas também, com um sentimento de ter vivido cada momento.
Com a relevância, intensidade e importância devidas.
A assunção consciente da responsabilidade de todos os atos.
“Nós”
O natural sincronismo da Vida,
Ao longo do tempo,
Lenta, mas paulatinamente,
Tem vindo a separar-nos,
Em seu devido tempo,
A Sua missão terminará,
Mas não evitará que mais à frente,
Lá longe na penumbra do tempo,
Nos voltaremos a juntar,
E sim, para sempre será…
“Vida sentida sem sentido"
Angústia, sensação de vazio inexplicável
Não estar em lado algum, sempre com o desejo de estar
Fazer o quê? Não sei! Talvez desaparecer.
Vontade de seguir o horizonte, mas em busca de quê?
De tudo o que me faz falta, de vontade de viver!
De ter alguém que acredite em mim e me compreenda,
Me dê o alento para continuar a lutar,
Mas mesmo assim sem ver uma pequena luz
Por mais longe que tente olhar, sei que não vou conseguir.
É a angústia que se colou à minha vida, que me cegou.
“Transição”
Não vou deixar-me esmorecer,
A tormenta vai-se esvaindo no tempo
A minha memória cada vez mais é feita do presente.
Reavivada dia a dia, não pelo recordar do passado,
Mas com o que de bom me está a acontecer,
Aprendi a amar.
Aprendizado longo, mas não tardio,
Amar, finalmente consigo saber como,
E a quem. É muito especial esta descoberta.
Um Amor antigo finalmente materializado,
Declarado, partilhado, fruído num todo.
Amor quimérico, presumido durante anos.
Maturado, finalmente confessado.
Assumido.
“Sonho Perdido”
Tu e eu tivemos um sonho,
Que nunca chegamos a viver,
Transformou-se em pó,
Que o vento se encarregou de levar,
Preciso de tempo.
Para ganhar de novo o teu Amor,
Só o Amor pode quebrar as barreiras,
Que nos separam e oprimem,
Farei tudo, tudo desde o princípio,
Conseguirei mudar todas as coisas,
Que mataram o nosso Amor
Sei que magoei o teu orgulho,
E sei tudo, pelo que passaste.
Mas dá-me uma oportunidade,
A nossa história,
Não pode terminar assim,
Não pode ser este o fim.
“Límpidos”
Um dia, que espero não muito afastado,
Agarrarei em “Mim”,
Quero invadir o meu passado,
Entendê-lo, rever,
Para não continuar a lamentar o meu presente,
Nem comprometer o meu futuro,
Purgar-me.
“Saudade”
Uma vez mais fico,
À espera de ti,
Todos os dias,
Sempre que nos afastamos,
A sensação do vazio,
Surge na forma de saudade,
Pela privação, da tua presença,
A ânsia pelo reencontro,
Não marcado,
Assenhora-se de mim,
Em todo o tempo,
Passado sem ti.
“Será sempre por ti”
Será sempre por ti,
Que viverei e a cada respirar te amarei.
Será sempre por ti,
Que ao acordar todos os dias dou comigo,
Em ti a pensar.
Será sempre por ti,
Que lutarei pelo teu amor.
Será sempre por ti,
Que caminharei sempre na tua direção.
Será sempre por ti,
Que o amor que te dedico,
Vem bem de dentro do meu coração.
“Recordar pelo Exemplo"
São demasiados dias, anos,
de não convivência.
Da amargura, do ver tudo a diluir-se,
No tempo, na não partilha do tempo com quem amo,
O mais recente rebento, resultado do seguimento,
Natural da vida, é como se não existisse,
Ignora-me, mas nunca desistirei dele,
Até ao dia, não sei quando, dar-se-á conta da minha existência,
Ou pelo menos da minha passagem, ainda que efémera pela sua vida,
E dos exemplos e memórias que conseguirei deixar-lhe.
“Quando não estás…”
Sentir a Tua ausência,
Dói!!
Emerge a ansiedade,
Do reencontro, de Te acolher,
Até ao momento em que,
Tranquilamente, volto a poder,
Sentir-Te, tocar-Te, abraçar-Te
Numa fusão de sensações,
Que o Nosso Amor,
Transforma cada dia vivido,
Num contínuo renascer.
“Perseverança ou Esperança?”
E agora?
Depois de tantos tropeços,
Depois de tanto cair e levantar.
E agora?
Que estou caído, como me erguer?
E agora?
Continuar a tentar?
Para quê?
Receio voltar a tombar,
Não voltarei a ver o mundo como já vi em tempos.
O meu mundo está demasiado lá no alto, longe.
Inalcançável, mas ergo os braços,
Só lhe queria tocar.
Nem que com um dedo fosse,
Apenas para asseverar que ele ainda está lá.
E reavivar a esperança de consegui-lo agarrar.
E nele novamente entrar.
“Perdido...”
Meu Amor ajuda-me,
Estou-me a perder,
Preciso de ti, de te ver.
Da tua mão, da tua compreensão.
Os dias passados, só, sem ti,
Aqui fechado, calado,
Fazem-me desesperar, só o teu chegar,
Me acalma e ao mesmo tempo faz chorar,
Choro, por tudo, o que não te consigo dar.
Por vezes sinto a tua pena,
Por tudo, ou pelo que já não podes comigo alcançar.
“Para que saibas...”
Ser amado e amar, por ti, para ti,
Desafio enorme e tão pequeno,
Sensação de não ser suficiente,
Tudo o que te digo tudo o que faço,
Em função do amor que,
Experimento por ti.
Dia a dia, sempre cada vez maior,
Deixo que cresça, sem limite,
Quero percorrer o arco-íris que és,
Deleitar-me em cada cor da tua vida,
Sempre com o meu olhar nos teus olhos,
Idealizando, sonhando com o futuro,
Ao teu lado, continuamente contigo.
Sem intermitências, a Amar-te,
Sem interposições,
Só tu e eu.
“Palavras”
Palavras, que não são suficientes,
Palavras que não conseguem alcançar.
Que por si só não dão consecução,
Ou fazer ceder as dúvidas,
Dar lugar à oportunidade.
De provar, um sentimento,
Que por ser tão intenso e verdadeiro, se tornou,
Inconcebível, que por ser tão real,
Leva a crer a sua existência impossível,
A prova das palavras ditas,
Do Amor revelado através delas,
Carece de vivência, onde,
Em cada ato, gesto, atitude,
Esse Amor consiga ver através do véu,
Que as palavras, pela sua singeleza,
Não conseguem tornar diáfano.
“No Aconchego do Silêncio”
Silêncio entre nós,
Apenas guiados pelo toque,
O Sentir, o Acariciar,
Num deleite sem fim,
Silêncio entre nós,
Apenas mais uma forma de Te Amar….
"Hoje Depois de Ontem"
Hoje acordei sem Mãe!
Hoje acordei sem Pai!
Hoje acordei sem Irmão!
Hoje acordei sem o meu Amor!
Hoje não existe!
Recuo a minha vida para ontem,
E que sinto?
Que ontem não existiu,
Acordo todos os dias!
Terei eu nascido?
“O Dia a Dia”
Espero sempre pelo melhor,
A minha ansiedade,
Resume-se ao futuro que não conheço,
O dia a dia vai desvanecendo a sensação,
O ir conhecendo o futuro,
Faz a o dia a dia mais fácil,
O futuro é inevitável, não o podemos modificar.
Embora pensemos que as nossas atitudes,
Têm o poder de o moldar, nada mais falso,
O que somos e praticamos está por demais definido.
O nosso futuro está não só “escrito” como determinado.
Principalmente pelas nossas atitudes,
Como por tudo o que fazemos no dia a dia.
“O Nosso Amor”
Semeado! Nasceu!
Numa tarde,
À beira-rio, ao cair da luz,
O namoro, o querer-Te,
Timidamente sugeridos,
Como que dissimulados,
No meio de uma conversa,
Propositada, direcionada.
Foi o início da metamorfose,
Que nos juntou,
Nos fez dar as mãos,
Para caminharmos, lado a lado,
Pelas cores do arco-íris,
Que é a nossa vida futura,
Sempre… a dois,
Numa partilha constante,
Envoltos numa paixão,
Sem fim… imensurável...
“Não Te Tires de Mim”
Olha para trás!
Vê! Sente,
Tudo aquilo que já passamos.
Paixão, Amor, Medo, Rejeição.
Vê do modo como eu vejo,
Sentirás que não posso partir,
Assim da tua vida,
Tira-me tudo!
Mas de Ti,
Deixa-me ficar com tudo.
É apenas o Amor por ti.
Nada mais me resta, pois,
Sem Ti o sentido da vida,
Esvai-se, como que,
Envolto numa tempestade,
Fosse levado para longe.
Para um lugar onde o nosso Amor,
Embalado pela ausência, adormece.
“Futuro, reflexo do passado”
Nasci!
Mas já aprisionado,
A um porvindouro que sufoca.
Tento ver o futuro, mas ele não se mostra.
Tentativas em vão apenas entreveem,
Coisas passadas, olho em frente.
E a perseguição é tenaz, o passado,
Como que quer tonar-se o meu presente.
Tapado o futuro, que desconheço, mas,
Adivinho que não passará de um passado repetido,
Vezes sem conta, até me levar à exaustão,
À loucura, à perda de mim próprio.
“Em certo dia…”
Esperei uma palavra de ti,
Que não surgiu, em sua vez,
A certeza a confirmação,
Saí da raia da tua memória,
Olvidado, ignorado,
Da forma mais absinta,
Pungente.
“Para Sempre…”
Seduzir-te, constantemente.
Surpreender-te, a toda a hora.
Cuidar-te, sempre.
Viver a Tua vida, eternamente,
Ter-te, realmente,
Desejar-te, intensamente.
Amar-te, para sempre!!!!
“Feridas, anseios...”
Esta minha vida,
Está a deixar marcas,
Que jamais esquecerei.
Que nem o sono lava.
Marcas que ferem, magoam.
Fazem sangrar.
Sangue de arrependimento,
Vontade louca de voltar.
Em volta de mim,
Apertam-se as barreiras.
Que me manietam a vontade a alegria.
De uma vida, que não tenho, só o vazio,
Preciso que me soltem,
Deixem-me viver, como sou.
Quero de volta,
O meu ser.
“Etapas de Uma Vida”
Uma história de vida faseada,
Entre o que é "terreno", a “espiritualidade” e o “amor”.
A vida caracteriza-se de uma forma concludente.
Demonstrando através do seu desenvolvimento,
Os valores mais importantes.
As diversas vivências e experiências,
Levadas a cabo.
E inseridas no dia a dia de cada um de nós.
"Comer" alimento do corpo ou refúgio depressivo,
"Rezar" o reencontro com ele mesmo,
"Amar" o atingir da etapa mais sublime na essência da existência humana.
“Esperança”
Perceção que alimenta,
Que não permite deixar de acreditar.
Um simples sinal, algumas palavras,
Tornam ainda mais reais os sentimentos.
Os sentidos, entretanto, adormecidos,
Pelo sofrimento,
A ausência, a falta da palavra, voltam a acordar.
Com mais força a esperança renasce,
Com mais certeza, que o tempo vindouro,
Será vivido num continuo e verdadeiro, Amar.
Falta um pequeno passo,
Em que uma série ininterrupta e eterna de instantes,
Fará o nosso caminho, inelutável, único, singular.
“Dou-te o Sol”
Dou-te o Sol ao entardecer,
Para que no novo amanhecer ilumine a tua beleza.
Sigas o seu raiar, que te trará até mim.
Ao deixares-te levitar, embalada pelos seus raios.
Sentirás o crescer do teu “Ser”.
A ansiedade de encontrar o Amor vai amainar.
Aqui estou, encontraste-me para te saciar.
“Despedida Anunciada"
Guardo até hoje o lenço.
Que serviu para secar as lágrimas na despedida!
Lágrimas que profetizavam saudade.
Saudade que se foi transformando.
Lentamente se metamorfoseou num Adeus!
Lenço de papel que, secou.
Mas que reteve vestígios que perdurarão.
Lenço de papel que continua,
Com um lugar especial, guardado,
Muito perto do meu coração.
“A Tua Pele”
Tão suave, macia, amena,
As cinzas que nascem do vulcão,
Que é o nosso gostar.
Que com elas te massajas,
Tornam te um fruto admirável,
Com um tempero açucarado como mel,
Cujo sabor é suave agradável, terno, afetuoso,
Que me deixa hipocritamente exaltado,
Entusiasmado.
“Depois de ter encontrado”
Depois de ter encontrado, tudo perdi.
Perdi o Ser,
A Pessoa,
A Alma Gémea.
Não consigo apreender o porquê,
Mea Culpa,
Este perder faz doer,
Uma dor tal, uma dor tão inesperada, intensa.
Uma dor até então para mim desconhecida.
A minha vida sempre foi carregada de dor.
Mas nunca por Amor,
Agora que sinto essa mágoa,
O meu sentir, os meus sentimentos,
Ficarão para todo o sempre abrigados,
Dentro do Amor que tenho por ti.
“Chegada a Hora”
A hora das certezas,
Foi uma luta, demasiado longa,
De sofrimento ininterrupto, angustia,
Demasiado para fazer sentido,
Sinto-me perdido.
Sem vontade de encontrar novo rumo,
Entrar em novas batalhas.
E acima de tudo porque sei quem amo.
Tudo isto não passa de um desfecho,
Que já vinha sendo denunciado há muito.
Não me consegui ouvir, ver os sinais,
Que desde há muito me foram dados.
Existiram sempre demasiados "se" e "quando"
Mas culpados não há.
Apenas um responsável.
EU!!!!
“Ao Abrigo da Arrábida”
Entrelaçado de betão,
Que sustem vidas num vai e voltar,
Com destino, muitas delas
Mas algumas sem conseguirem regressar.
“Amizade”
O caminho da amizade,
É por vezes, tão estreito.
Como a linha traçada no Céu,
Pelo cair de uma estrela,
Cujo rasto, se vai desvanecendo.
Mas tu transformas esse caminho,
Fácil de percorrer.
Que quem te rodeia,
Segue-o, naturalmente,
Guiado pela luz que de ti irradia.
“Amar-te”
Quero amar-te, amar-te perdidamente!
Amar só por amar, prender-te a mim.
Recordar a nossa vida.
Os dois, como um só.
O nosso viver será uma Primavera constante,
Florida, alimentada pelo nosso Amor, dia a dia.
Daremos ser aos nossos sonhos,
Tornando-os reais, repletos de uma paixão inebriante.
Refletida no teu e no meu semblante.
“A Tua Ausência”
Não me deixas aproximar de ti,
Tens medo de te magoar.
A tudo o que te tenho dito,
Tu dizes ainda mais, mas sempre a fugir de mim,
Debaixo da tua ausência,
Já não consigo respirar,
Não consegues dar-me o coração,
Como eu dei a Ti,
Não tenhas medo!
Não te vais magoar.
Enfrento tempestades dentro de mim,
Tento ser forte, corajoso,
Mas não me posso aproximar,
Não quero que sintas,
Que te podes magoar.
“À Procura”
Vida que não tenho.
Vida que busco nesta negritude diária.
Todas as demandas se tornaram débeis,
Na busca de um caminho que não surge.
Olho em frente e nada vejo.
Nenhum futuro, só recordações.
De uma vida cheia de amarguras,
Desencantos, frustrações, vazios.
“A Seu Tempo”
O tempo, do conhecimento, de achar o ignorado,
De tomar consciência, de sentir,
De dar a conhecer, revelar,
De acolher, amar, ser amado,
Não pode este tempo dar a significação.
Apenas acontece.
Sem querer, sem que nos apercebamos,
Invade-nos, envolve-nos, qual amarração,
O Amor não tem tempo,
Tem somente o seu momento,
Só temos de deixá-lo crescer, ser a razão.
“Deixa-me amar-te!”
Faz do sofrimento que hoje sentes o querer.
Ensina-me a amar-te!
Faz do sofrimento que hoje sentes, a vontade.
Deixa-me prender-te a ti,
Enamorar-me para te amar,
Prende-te a mim.
Quero recordar-nos a dois,
Dá-nos a oportunidade de viver.
Deixa-me, Amar-te.
“Anseio pelo descanso”
Descanso que tarda em chegar,
Sinto-me sem tempo,
Sinto a vida a acabar,
Sem saber como o ressuscitar.
Ou deixar de o querer,
Pelo menos por agora, a ansiedade,
Desapareceu.
Vejo uma nova esperança a crescer.
Que anseio por duradoura.
O desejado descanso, está conseguido,
Finalmente,
Vou conseguir refocilar.
“Solitatem”
Memórias familiares,
Que me causam um desconforto.
Saudade,
Muita de apenas simplesmente vos “ver”, sentir….
Vontade inglória de voltar atrás no tempo.
O desejo impulsivo de vos querer abraçar.
De vos rever, sentir-vos,
Dizer cara a cara o que nunca disse,
Amo-vos, sempre vos amei.